segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


A historia da mamãe Stephany Oliveira e da princesinha Maria Eduarda

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Eu tinha a total certeza de que eu não estava grávida, pois só tinham atrasado 2 dias pra mim,. Não cheguei a contar pra minha mãe que estava atrasado, porque ela sabia o dia que vinha, e a minha nunca foi de atrasar. No primeiro dia de atraso minha mãe já começou a me perguntar. - Stephany, eaí ? E eu nunca sabia oque responder, apenas fechava a cara e pedia pra ela parar de falar nesse assunto. Contei pro meu namorado que não tinha vindo ainda pra mim, mais a verdade é que a gente nem estávamos preocupados, tinha atrasado apenas 1 dia e eu não estava sentindo enjoo, tontura ou coisa do tipo. Quando foi no segundo dia, resolvi que ia fazer o teste, mais na verdade era só fogo de palha, porque na minha cabeça eu não estava grávida. Pedi dinheiro pra minha mãe pra colocar crédito no meu celular e com esse dinheiro iria comprar o teste. Acordei, me arrumei, afinal era dia de ir pra escola, sai de casa um pouco mais cedo porque ia passar em uma farmácia 24 horas que tem lá perto. Fui o caminho todo pensando, e rezando pra que o resultado desse negativo. Quando eu cheguei na frente da farmácia comecei a tremer da cabeça aos pés, eu estava totalmente sem coragem de entrar lá dentro, morrendo de vergonha de pedir pro farmacêutico. Não sei da onde tirei coragem e acabei entrando, fiquei quase 10 minutos olhando as coisas, pois eu estava morrendo de vergonha de comprar. O desespero começou a tomar conta de mim, pois já tava quase na hora do portão da escola fechar, comecei a pedir pra Deus me ajudar, e quando eu olhei pro lado minha amiga estava do lado de fora da farmácia. Sai da farmácia e pedi pra ela ir comprar pra mim, ela entrou pegou o teste com uma calma, e eu lá tremendo hiihi. Quando cheguei na escola, a primeira coisa foi contar pras minhas amigas, pois eu precisava da ajuda delas de uma forma ou de outra. Comecei a beber vários copos de água pra ver se me dava vontade de fazer xixi, mais não adiantava, parece que quanto mais eu bebia, menas vontade de ir ao banheiro eu tinha. Eu ia no banheiro toda hora, e quando eu olhava pro teste perdia toda a vontade. Passei o intervalo todinho me entupindo de água e de refrigerante, e aí quando eu subi pra sala me deu uma vontade louca de fazer xixi. Quando eu fiz o teste e olhei o resultado eu não acreditei, comecei a ficar com muita tontura, e fui correndo pros braços das minhas amigas, porque eu sabia que no momento a única coisa que iria me confortar eram elas. Peguei o celular da minha amiga, e comecei a ligar desesperadamente pro Weslley mais ele estava trabalhando e não podia me atender, a única coisa que eu queria no momento era ouvir a voz dele, só aquilo ia me acalmar de verdade. Mandei uma mensagem pra ele escrito : '' Amor, deu positivo e agora? '' e no mesmo instante ele me respondeu: '' Calma amor, tudo vai dá certo '' , ler aquela mensagem me acalmou completamente, me deixou mais tranquila saber que eu teria ele ao meu lado. Passei o resto das aulas conversando com as minhas amigas de como iria ser agora, eu não conseguia pensar positivo, só conseguia pensar no meu pai, na reação dele, na minha cabeça ele ia estrangular eu, o Weslley, e minha mãe. Minhas amigas tentaram me confortar o tempo todo, e sempre diziam pra mim não abortar, porque elas estariam do meu lado pra tudo que eu precisa-se, e que minha filha era delas também! Ver que eu tinha elas e o Weslley do meu lado me deixava mais calma. Os dias foram se passando e eu mal falava na minha gravidez com meu namorado, e quando eu falava chorava muito. Cada dia que passava eu tinha que ouvir minha mãe falando na minha cabeça : '' Stephany, tá atrasada. Stephany, e agora?, Stephany, tem alguma chance de você está grávida?'' E toda vez que ela me falava isso a gente brigava, eu gritava, e fechava a cara, mais a verdade é que a minha vontade era de falar tudo pra ela, só que eu não tinha coragem. Já tava ficando difícil esconder dela, pois eu tive muito enjoo, tudo oque eu via me enjoava, e o pior de tudo era que eu ainda tinha que vomitar escondido. Eu não tinha mais vontade nenhuma pra sair de casa, pois toda vez que eu saia eu passava mal, muito mal, por isso optei por não ir mais pra casa de nenhum parente, e nem sair pra comer fora. Eu chegava na escola e a primeira coisa que eu fazia era deixar as coisas na sala, e correr pro banheiro pra vomitar. E foi assim até o meu quarto mês. Eu estava totalmente perdida sem saber oque fazer, com quem falar, não conseguia parar de chorar. Toda vez que eu tocava no assunto com meu namorado a gente acaba se desentendendo então eu resolvi que não ia mais falar sobre isso. Me arrependi tanto no começo, a minha vontade era de fugir, de sumir, de não ver mais ninguém. E aquela pergunta me atormentava todos os dias: '' Porque logo comigo? Eu só tenho 16 anos, acabei com a minha vida! ''. Minha mãe já tinha certeza que eu estava grávida, tanto que não me levou pra fazer nenhum exame. Vivia cobrando de mim, querendo conversar comigo e com o Weslley, mais eu sempre gritava, ficava loca quando ela resolvia falar disso com a gente.
Pra mim era vergonhoso tocar naquele assunto com a minha mãe e com o meu namorado. Por isso eu sempre tentava evitar. Os dias foram se passando e eu fui começando a aceitar a minha gravidez, eu já não me assustava tanto com o assunto, percebi que o amor maternal estava começando a crescer dentro de mim. Minha mãe sempre deixou claro pra mim e pro meu namorado que era nós dois que ia contar pro meu pai, pois ela sabia que a culpa ia cair pra cima dela. Mais não foi bem assim que aconteceu .. Eu já estava cansada de ouvir todo dia minha falando na minha cabeça, de ouvir ela falando que eu teria que casar, peguei meu celular, e liguei chorando pro meu pai, implorando pra ele me tirar daqui de casa, que eu não aguentava mais minha mãe. E aí ele me disse : - Oque foi? Sua mãe tá ficando louca é? Passa o telefone pra ela, que agora ela vai ouvir! .. Passei o telefone pra minha mãe, e pra minha surpresa ela diz : - Oque foi? É que a sua filha tá grávida! .. Quando eu ouvi aquilo eu juro que eu não acreditei, não queria que meu pai soubesse naquele momento, na verdade, não daquele jeito. Minha mãe estava longe de mim falando com ele no celular, e eu conseguia ouvir ele gritando, colocando toda a culpa em cima da minha mãe. E a única coisa que eu ouvia é '' ela vai casar, ela vai casar, e ela vai casar! '', aquelas palavras me deixavam tremendo. Como assim? Eu vou casar ? Eu tenho 16 anos, meu namorado 18, como isso?
Os dias foram se passando, e eu me pegava sempre conversando com a minha filha, colocando a mão na minha barriga, e prometendo pra ela que tudo daria certo. Eu e meu namorado ainda não falávamos muito sobre a minha gravidez. Até que um dia eu tava sentindo muita cólica, muita mesmo, e aí nós dois fomos ao médicos, sozinhos. Meu hospital é o da Policia Militar e só tem um pronto socorro aqui em São Paulo, e fica lá no Cambuci. Meu padrasto ensino um pouco do caminho pra gente, de como chegar lá de ônibus, e aí a gente foi se virando, mesmo sem ter a minima noção de como fazia pra chegar lá. Descemos do metrô, e vimos uma placa indicando aonde ficava o hospital, achamos que não era tão longe e resolver ir a pé mesmo. Meu Deus, nunca andei tanto na minha vida, era uma avenida chamada Lins de Vasconcelos, a gente andava, andava, andava e não chegávamos nunca no hospital. Eu já estava passando mal, pois eu só tinha tomado café da manhã, e já era 14 horas, eu estava morrendo de sede, morrendo de calor. Estávamos super cansados, mais ele me fazia rir tanto, me fazia tão bem a presença dele que fui ficando melhor. Chegamos lá, e não demorou muito pra sermos atendidos. Quando eu cheguei na sala da Médica eu estava tremendo de verdade, pois eu estava com medo de ter acontecido alguma coisa com o meu bebê, ela me examinou, e graças a Deus estava tudo bem, e aí ela explicou que aquelas dores que eu estava sentindo eram normal no início da gravidez porque meu útero estava crescendo, ela pediu pra que eu fizesse um exame de urina, e depois voltasse lá pra ela ver. Eu juro pra vocês que naquele dia eu me senti a mulher mais amada do mundo, meu namorado ficou ao meu lado o tempo todo, saímos do hospital era 6 horas da noite, ele não tinha comido nada, estava cansado, mais estava lá comigo. E foi a partir daí que começamos a conversar sobre a nossa bebe, sobre casamento, sobre a nossa família. Hoje, eu não me arrependo de ter engravidado. Claro que poderia ter acontecido um pouco mais tarde, mais se Deus me confiou essa criança, hei de ser capaz de amar e de cuidar. Agradeço todos os dias pelos dois presentes maravilhosos que Deus me deu, que foi o meu namorido e a minha filhota! Cada dia que passa meu amor só aumenta pelos dois ... Obrigado meu Deus por me permitir de ser tão feliz ..

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